sábado, 28 de abril de 2012

Noite de patrão com Mr. Catra


Blackout do Black Style: Robsão ofusca funk carioca no 'Encontro de Patrões'

Quinta-feira de chuva. Para a maioria dos baianos, uma noite de frio. Em Pituaçu, o Bahia vencia o Remo por 4x0. Na bilheteria da Bali Beach, em Patamares, os ingressos eram vencidos a salgados R$ 40 pista e R$ 80 o camarote. Mas nada disso tirou o brilho do "Encontro de Patrões", evento que reuniu a banda Black Style e o funkeiro carioca Mr. Catra. Bom, a chuva pode não ter tirado o brilho, mas tirou a luz. Elétrica. Por 20 minutos. Não, ninguém foi embora: Robsão ainda não tinha terminado seu show.

O cantor chegou ao local por volta de 1h10, quando a banda já havia passado o som e estava a postos no palco, aguardando a entrada da estrela para dar início ao show. Simpático, "Tô feliz que a chuva não atrapalhou; todo mundo veio". Depois de elogiar Catra, seu amigo pessoal, o líder do Black Style falou sobre a Lei Antibaixaria. "Não precisamos do dinheiro do governo, 80% dos nossos contratantes são particulares", esnobou. E disse mais: "Se música influenciasse as pessoas, Caetano Veloso teria contribuído para um mundo melhor. Minha música não tem esse poder". Sobre as letras serem ofensivas às mulheres, foi categórico. "Respeito as mulheres. Sou casado e minha mulher compõe comigo", disse.

Ao contrário de badaladas estrelas internacionais que vêm ao Brasil reviver antigos sucessos (e ganhar uma boa grana), Robsão não vive do passado. Clássicos como "Patinha" e "Ligar pro boi" não fizeram parte do repertório, interrompido pelo apagão de energia provocado pela chuva, após 40 minutos de apresentação. Mas o blackout não foi maior que o Black Style e, às 2h20, Robsão retomou o pagodão, enquanto fãs ainda aguardavam na fila para entrar no evento.

Na sequência foi a vez do funk carioca agitar o público majoritariamente masculino. Com vestidos colados e minishorts provocantes, as mulheres estavam em clima de paquera, rebolando em coreografia na pista (a essa altura molhada pelas goteiras na lona). Os rapazes estavam mesmo mais interessados em dançar e curtir a noite de "patrão" regado a uísque, vendido em combos com energético por R$ 190.

Mr. Catra, famoso por músicas como "Adultério", já gravou com Exaltasamba e Alexandre Pires. Nascido no morro, foi adotado ainda criança e criado em escolas particulares, com excelente formação musical. Na adolescência montou uma banda de rock, "O Beco", mas afirma que hoje o funk é o verdadeiro "rock n´ roll". Pai de 20 filhos e marido de três esposas (que dizem não ter ciúme uma das outras) Catra pode até ser o cara no Rio de Janeiro. Mas a noite só teve um patrão: Robsão.

Pistola da polêmica


Uma grande polêmica tomou conta do mundo do pagode baiano. Na última quarta feira, 25, durante a participação do Saiddy Bamba no programa “Fala Mulek”, na rádio Nova Salvador FM, os integrantes da banda tomaram um baita susto ao serem comunicados no ar que estariam proibidos, a partir daquele momento, de executarem a música “Pistola do Amor”, gravada por eles em homenagem ao bloco “As Muquiranas”, no qual foram uma das atrações, ao lado dos grupos Harmonia do Samba e Psirico. 

O mais inusitado é que o “pedido” da proibição partiu da diretoria da própria Muquiranas. Tudo isso por conta das diversas reclamações que receberam de várias entidades, que não aprovam o uso das pistolas de água, que realmente incomoda e causa danos e prejuízos aos veículos de comunicação, visto que os associados molham câmeras das emissoras de TV, bem como máquinas fotográficas de vários profissionais que trabalham durante o Carnaval.

 Inconformado com a notícia, o cantor Alex Max desabafou no ar:

 "Ao invés de se preocuparem com as pistolas de fogo que matam tanta gente e que representam, elas sim, perigo aos foliões, algumas pessoas criam encrenca com as pistolas de água. Pelo visto o nosso sucesso está incomodando muita gente por aí".

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